Função do Cirurgião Dentista na UTI neste atual cenário.
A Odontologia hospitalar é definida como a prática que visa
todos os cuidados das alterações bucais, que exigem uma equipe multidisciplinar
de alta complexidade ao paciente. Na Unidade de Terapia Intensiva o paciente
está mais exposto às infecções, é destacado que os pacientes têm um aumento de
cinco a dez vezes de contrair infecção.
Segundo o artigo 18 do Código de Ética Odontológico,
capítulo IX, que trata da Odontologia hospitalar, compete ao cirurgião-dentista
internar e monitorar pacientes em hospitais públicos e privados, com e sem
caráter filantrópico, respeitadas as normas técnico-administrativas das
instituições. No artigo 19, dispõe-se que as atividades odontológicas exercidas
em hospitais obedecerão às normas do Conselho Federal e o artigo 20 estabelece
constituir infração ética, mesmo em ambiente hospitalar, executar intervenção
cirúrgica fora do âmbito da Odontologia.
A cavidade bucal é o primeiro portal de entrada para
microorganismos patogênicos respiratórios que causam infecções sistêmicas,
sendo a pneumonia uma delas. Os pacientes hospitalizados portadores de doenças
sistêmicas muitas vezes se encontram totalmente dependentes de cuidados,
portanto, não conseguem de manter uma higienização bucal adequada, necessitando
da ajuda de profissionais da saúde para esta e outros tipos de tarefas.
Uma Unidade de Terapia Intensiva é o conjunto de
dependências destinadas aos cuidados de pacientes em estado grave. Podemos
observar que a cada dia é realizado um número cada vez maior de estudos que
relacionam as condições de saúde do paciente com problemas na cavidade oral.
Várias são as doenças sistêmicas, de origem imunológica, infecciosa, ou
terapêutica, que podem apresentar manifestações orais, bem como, também podem
ser resultantes de condições inadequadas da saúde bucal, como, acúmulo de
biofilme, má higienização e doença periodontal.
Os cuidados bucais, com pacientes de terapia intensiva, tem
se tornado consideráveis investigações, cujos segmentos atentam para a
necessidade de estabelecer condutas para a higiene bucal destes, sendo esse de
extrema importância. Portanto, a manutenção da saúde bucal dos pacientes em
UTIs é primordial para impedir a multiplicação de bactérias e fungos que, além
de prejudicar a saúde bucal e o bem estar do paciente, pode atingir vários
outros órgãos e sistemas, podendo então ocasionar agravamento do quadro do paciente. Atualmente, o
exercício do cirurgião dentista nesse campo é muito restrito pelo fato de esse
profissional não fazer parte da equipe multidisciplinar da grande maioria dos
hospitais brasileiros.
A atuação desses profissionais de saúde bucal como
prestadores de serviços realizados em nível hospitalar, em particular na UTI,
busca a união em relação à terapêutica e promoção da qualidade de vida a estes
pacientes, como, por exemplo, na diminuição das taxas de algumas doenças, como
por exemplo: a pneumonia nosocomial e pneumonia associada à ventilação mecânica
e também COVID19, além de reduzir os gastos hospitalares com internações
prolongadas. Melhorando a qualidade e o bem estar do paciente durante sua
presença dentro de uma UTI
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